O grande livro

Olhou para o céu e contemplou a escuridão, como se pudesse sentir o cheiro de uma cor pálida que pairava no ar. A lua nova marcava presença no firmamento. Entrou e fechou a porta girando a chave se assegurando que a porta estivesse realmente trancada. Olhou para o telefone que havia deixado há pouco ao lado do grande livro.

O frio percorreu a espinha lembrando que uma boa fogueira nesse momento faria o ambiente mais confortável, o que seria convidativo para um momento de leitura. O fogo então começou a esquentar a gélida mansão, fazendo dançar luz e sombra nas paredes cor de neve.

Pegou aquele grande livro. Colocou sobre o colo. O óculos que estava ao lado do sofá acabou na ponta do nariz. A música começou a tocar após um comando de voz.

O ambiente estava quente… A música muito confortável… O grande livro no colo e o óculos no nariz… Estava tudo certo, se ventos não estivessem trazendo más notícias do oeste.

Porém, não tinha muito o que fazer. Talvez, sentado, “boas novas” chegariam do mesmo jeito, só que da forma menos cansativa possível.

No que levantou os olhos para observar uma borboleta que acabara de pousar na parede em sua frente, fixou o olhar no quadro com um retrato preto e branco. Era uma foto de um puxadinho. No chão uma criança brinca com carinho de madeira.

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