Como nunca

Pensamentos e mais pensamentos invadem a minha mente como desenhos rupestres habitam as cavernas antigas.
A Flor reluz e quase se confunde com o tom avermelhado do céu. Meus olhos à Flor. A Flor nos meus olhos.
É o tempo, é a morte, é avida em uma só pétala. São os sonhos nas folhas.
É o universo nas raízes.
O som nasce… É um grilo, um sapo, um lobo, são os pequenos insetos na luminária de nafta.
Agora volto a escutar ,como nunca, o mar quebrando e tornando migalhas as pedras.
É o roçar do vento nas árvores. São as árvores cantando. São os animais falando. São os habitantes murmurando.
Respiro e sinto o poder exalando do chão, o poder que é canalizado para o bem, o poder que sustenta o universo, é esse o poder que mantém a tranquilidade.
A tranquilidade das crianças correndo sem perigo. É o amor dos casais. É a alegria dos jovens. É o sustento dos mais velhos. É o começo e o final de todas as coisas, o combustível das riquesas, a poesia dos poetas, o algo misterioso dos ferreiros, o segredo dos carpinteiros, o sexto sentido das mães, o alívio dos desesperados.
É a paixão.

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