A primeira vez que eu escutei Amy Winehouse tinha certeza que era uma negra cantando. Digitei “Rehab” no Google, fucei por imagens e lá apareceu uma mulher branca, e que por mais excêntrica que seja, chamou a minha atenção.
Tudo começou em 2007, ano de lançamento de Back to Black e desde lá espero o lançamento de um novo CD, como se esse novo álbum pudesse ser um renascimento para ela.
Sempre falei “Amo a Amy”. Mais que pelo estilo de música, mas pelas mensagens sinceras nas letras das músicas. “Tears Dry On Their Own” é para mim, ao mesmo tempo que uma apresentação de um desgaste, uma manifestação de esperança, por causa dessas duas estrofes:
“I wish I could say no regrets
And no emotional debts”
Sobre a morte de Winehouse, foi tudo muito triste, muito rápido e muito sofrido. Mentirei se falar que estava esperando a sua morte. Achava que ela poderia se recuperar, lançar outro álbum e reviver.
Rosana Herman do Querido leitor fez um texto brilhante sobre, retratando a escolha de Amy:
“Não escolhemos o que somos. Nem os talentos, nem as fraquezas e doenças. A gente tem que aprender a lidar, a controlar, a se tratar”.
Todos viram o desgaste da Amy, como ela entrou na depressão e como a droga a consumia. O ex-marido da cantora até confirmou que foi ele que apresentou a Cocaína. Mas ela não soube se controlar e nem quis saber de reabilitação.
Onde estava a dor, que a sufocava cada vez mais? Pq ela preferiu a morte a vida? Essas e tantas outras perguntas aparecem sem ter ao certo uma resposta definitiva.
Como em tantas outras mortes, uma prova de observação fica para a vida. Com a morte de Amy, relutância é a palavra.
Enxergo, pois, que devo sempre lutar contra a depressão.
RIP. Amy Winehouse. Uma pessoa que não lutou contra, mas mostrou a triste realidade.