Em Foz do Iguaçu este assunto pode soar um tanto quanto “consenciólogo”, pode ser também, mas não no sentido que tentarei explanar aqui.
Progressão é o que nos leva para frente, o que nos motiva a viver. Dinheiro ou vidas futuras? Deus? Bom, qual é o problema da progressão de nossas vidas ser um tema laico? Mas também estou de acordo se para muitos isso depender estar veiculado a uma divindade, é um motivo de progressão.
Ando muito encantado com a atual obra de Luc Ferry “A Revolução do Amor”, que tem me ensinado que na pós-modernidade, pelo menos no ocidente, ninguém arrisca a própria vida para defender um Deus, uma pátria ou um ideal. Mas vale a pena se arriscar para defender aqueles que amamos. E está é para mim também a melhor notícia do milênio.
Não quero desmerecer a religião, acho ela digna é muito importante. Eu mesmo sou católico praticante – de ir na igreja mais de duas vezes por semana quando posso.
Mas se este mundo pós-moderno anda acreditando mais nas pessoas, essa revolução é louvável, pois o amor constrói.
Uma prova do atual amor é a ideia de que o capitalismo, com a liberdade provocada pela remuneração inventou o casamento motivado pelo amor, em oposição aos acordos matrimoniais da Idade Média, movidos por razões familiares e financeiras.
Ser motivado pelo amor é muito mais difícil que ser motivado por qualquer outra obrigação, porque o amor é gratuito. Ele simplesmente acontece não é imposto. “É difícil, mas vale a pena”, diz Luz Ferry.
Também é o atual amor e a busca pela progressão que está fazendo os filhos saírem das asas dos país aos 28, 30 anos. Os país estão arriscando a vida pelos filhos e vice e versa. Esse é um tema mais que atual, desta geração e estamos pensando cada vez mais nas gerações futuras.
Não sou defensor do humanismo secular, muito pelo contrário, mas creio em uma filosofia baseada na razão, na ética e na justiça.
Ao contrário de Luc Ferry, não acredito que a destruição do sagrado vai garantir uma vida plena – isso me irrita muito – para os humanos, mas compartilho com ele uma percepção de um comportamento sócio-cultural baseado no respeito e diálogo.
O autor diz: “Hoje, ninguém mais está disposto a morrer pelo casco do navio. Mas, estamos dispostos a arriscar a vida por pessoas”. E se o amor, que é um sentimento tão grande e profundo, está mudando o mundo é preciso comemorar!
Seu post me deu vontade de ler esse livro…! ;)
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Então, eu ainda não li o livro todo! Mas está na minha fila de espera ;D
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