Estávamos tomando sorvete, como os amigos devem fazer de vez em quando, conversando sobre a vida, sobre relacionamentos.
Conversávamos sobre como é bom ter uma pessoa querida por perto… amar… e como a sociedade nos impõe valores sentimentais que não são verdadeiros.

Lí em algum lugar esta semana, mas acho que não foi Nietzsche – pq ando muito viciado em Nietzsche – era algo assim: “Não devemos procurar a tampa da panela, mas a panela para fazer um jogo”.
E logo quando disse isso, a Mariana Serafini soltou uma: “Pq com a tampa, a panela cria pressão”. E assim a frase foi concluída, pq fez todo sentido!
Hoje em dia eu vejo os solteiros travando uma verdadeira batalha a procura de uma “tampa de panela”, aquela pessoa submissa, que está ali só para satisfazer um interesse. Carnal… Banal.
A “tampa” sufoca, aperta, pode criar pressão e estourar.
Desejar uma tampa é ser egocêntrico e imaturo. Não é querer dividir experiências. Pedir uma “tampa” é querer se proteger e acomodar. E se relacionar não é se acomodar e nem ter proteção.
Criar relacionamento, no meu ponto de vista, é se preocupar e se despir. Tirar de vc mesmo todo tipo de preconceito, e se entregar a algo novo que nem vc mesmo conhece.
Não é nos tampando ou nos fechando que seremos felizes com alguém, mas totalmente ao contrário. É dando liberdade para ser, antes de tudo, o melhor amigo.