Deus não está sendo sensato contando os segundos quando estamos juntos

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Saindo do apartamento, a primeira coisa que fez foi segurar a minha mão esquerda. Encaixando-a perfeitamente. Deu dois passos e olhou para o céu:

“Olha essa Lua…”.

Ela estava linda mesmo. Pousada entre o horizonte e o as nuvens, a Lua minguante nos observava. “Há quanto tempo eu não parava para essa contemplação…”, pensei. Acho que desde janeiro e já é verão de novo.

Abracei ele com um carinho bem fraternal, e ficamos ali paradinhos por minutos que poderiam ser séculos se quiséssemos. Acontece que já passava da meia noite e eu precisava mesmo ir para casa.

Na sacada, avançamos um passo. Larguei-o para desligar a luz. “O céu fica mais bonito quando tem apagão…”, disse ele. Concordei e as estrela ficaram ainda mais acesas. Dava para ver algumas constelações do leste do céu. Só tínhamos um terço do firmamento para nós, mas era o que precisávamos naquele momento.

Encostou a cabeça no meu ombro, deu alguns suspiros admirando o céu e disse “Vamos?”. “Não quero nunca sair daqui…”, imaginei.

Depois de mergulhar na Lua e nas estrelas descemos a escada, de mãos dadas. Já no portão ele me abraça, me deseja uma boa noite e um ótimo trabalho. E eu lasco-lhe um abraço daqueles bem apertados, esperando-o reencontrar.

 

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